Me sinto mergulhada
em nuvens brancas.
Um grito.
Não tenho medo,
é Deus.
Há uma luz sendo refletida
no horizonte,
por alguns segundos fez-se cristalina
e logo se desfaz,
volta a ser opaca.
Uma freada.
Talvez seja o objeto escuro
que passou por mim
ou a mancha avermelhada
que ficou para trás.
Quase noite
e apenas um feixe de luz
refletido no fragmento de nuvem branca.
Chove a alguns quilômetros daqui.
Uma cortina de cristais
descendo de dois sulcos no céu.
Nuvens pálidas e pesadas
desabando sobre as montanhas.
Fico gélida e enregelada.
As árvores balançam por aqui,
vejo pessoas estranhas
caminhando lentamente
e a chuva a cair mais fraca,
pousada no mesmo lugar.
Um instante.
Paro.
O vidro se cobriu de rabiscos
frios, molhados e agudos.
Tudo envolveu-se por aqui.
Desespero no asfalto molhado,
clarões correndo rapidamente,
eucaliptos balançando suavemente.
A chuva que toca o vidro em cristais.
3 comentários:
bonito. :)
consegui sim. e agora de novo.
:*
la vem a minina fln coisa d gente grande d nvo... hehehe
dpois passa la no blog.. t idiquei pra uma brinkadeirinha =)
"Um grito. Não tenho medo,
é Deus [...] Uma freada. Talvez seja o objeto escuro que passou por mim ou a mancha avermelhada
que ficou para trás [...] O vidro se cobriu de rabiscos [...]Desespero no asfalto molhado,
clarões correndo rapidamente[...]A chuva que toca o vidro em cristais."
A interpretação que dei a esse texto foi a descrição de sentir a chuva batendo nas janelas do carro. O certo receio de estar viajando numa condição relativamente perigosa, mas a confiança em Deus de que tudo vai dar certo :)
Postar um comentário