Para Vygotsky, psicólogo russo, o meio influencia o homem. Se tratando do Carnaval, é impossível não enxergar o quanto esta festa é contagiante. Uso o termo contagiante no sentido literal da palavra: pegar por contágio. E como são muitas as pessoas que são “contagiadas” por sensações e opiniões diversas nesta época no ano, me restrinjo a apenas três grupos que se manifestam na capital baiana.
Outro dia, ouvi no ônibus as seguintes palavras de uma senhora quase idosa: “Tomara que chova nesse Carnaval”. Com esta frase, ela se encaixa no grupo dos Aborrecidos composto pelos fanáticos religiosos, os traumatizados e os eternamente estressados. Cada um com os próprios motivos, além de não gostarem de Carnaval, eles torcem para que algo ruim aconteça e estrague a alegria dos foliões; como se uma chuva, por exemplo, fosse mesmo capaz de tal façanha.
Os Guerrilheiros fazem parte do segundo grupo. Não é difícil identifica-los, eles enchem os supermercados na véspera da festa e saem carregando água e mantimentos. São sacolas e mais sacolas fartas preparadas para enfrentar a guerra. Guerrilheiros também são os lojistas, visto que são experts em armar trincheiras de madeira; tudo para proteger seus bens.
Por último, lhes apresento os Indecisos. Mesmo não gostando de Axé e convictos desde o ano anterior de que esses seriam dias de descanso, não suportam a pressão da televisão e do clima e caem no ritmo. Mas não há o que temer, afinal não existe no lado oeste de Greenwich vírus mais contagiante que o Carnaval – leia-se contagiante, pois o contagioso já é outra história...
Outro dia, ouvi no ônibus as seguintes palavras de uma senhora quase idosa: “Tomara que chova nesse Carnaval”. Com esta frase, ela se encaixa no grupo dos Aborrecidos composto pelos fanáticos religiosos, os traumatizados e os eternamente estressados. Cada um com os próprios motivos, além de não gostarem de Carnaval, eles torcem para que algo ruim aconteça e estrague a alegria dos foliões; como se uma chuva, por exemplo, fosse mesmo capaz de tal façanha.
Os Guerrilheiros fazem parte do segundo grupo. Não é difícil identifica-los, eles enchem os supermercados na véspera da festa e saem carregando água e mantimentos. São sacolas e mais sacolas fartas preparadas para enfrentar a guerra. Guerrilheiros também são os lojistas, visto que são experts em armar trincheiras de madeira; tudo para proteger seus bens.
Por último, lhes apresento os Indecisos. Mesmo não gostando de Axé e convictos desde o ano anterior de que esses seriam dias de descanso, não suportam a pressão da televisão e do clima e caem no ritmo. Mas não há o que temer, afinal não existe no lado oeste de Greenwich vírus mais contagiante que o Carnaval – leia-se contagiante, pois o contagioso já é outra história...